10 jul Reorganização e sobrevivência: o caso das subsidiárias da Oi (Dra. Andréa Navarro – Ruzene Sociedade de Advogados).
A empresa Oi protocolou um novo pedido de recuperação judicial, desta vez, envolvendo suas subsidiárias Serede (manutenção de rede) e Tahto (call center). O movimento está alinhado à estratégia de reorganização do grupo, que já vive seu segundo processo de recuperação.
Esse novo capítulo da Oi não se trata apenas de proteção judicial: trata-se da tentativa de viabilizar a incorporação dessas empresas com foco na continuidade operacional, na preservação de valor e na priorização de áreas mais rentáveis, como fibra ótica e soluções corporativas.
No entanto, o que chama atenção neste caso e em tantos outros do cenário atual, é a complexidade de manter a coerência entre plano estratégico, estrutura societária e realidade financeira. As sucessivas RJ’s da Oi evidenciam como o timing das decisões, a governança em cenários críticos e a leitura precisa do mercado são determinantes para preservar não apenas a operação, mas a credibilidade da marca diante de clientes, credores e investidores.
A experiência da Oi, um dos maiores casos de reestruturação da história recente do país, continua sendo uma vitrine dos desafios, mas também das possibilidades de um processo de recuperação judicial bem conduzido. E deixa lições importantes sobre preparação, clareza estratégica e responsabilidade institucional.
Reestruturar, hoje, é muito mais do que reorganizar dívidas. É repensar o modelo de negócio para garantir relevância, eficiência e viabilidade no longo prazo.
Fonte – Dra. Andréa Navarro – Ruzene Sociedade de Advogados.